Bispos portugueses estão preocupados com crise económica, social e familiar
.Os Bispos portugueses estão a preparar um simpósio para analisar a situação actual da sociedade portuguesa. Ainda sem data marcada, o Pe. Manuel Morujão, Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, assumiu que a intenção é que “ocorra antes da Páscoa”.Este foi um dos assuntos abordados na reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorreu esta tarde em Fátima. O secretário da CEP afirmou que os bispos estiveram esta tarde a reflectir sobre a “situação da sociedade portuguesa e consideraram pertinente a organização de um simpósio, onde resulte um documento que analise e abra perspectivas de esperança”.O simpósio será dirigido “à sociedade em geral. A Igreja tem as portas abertas, não é um fim em sim mesma mas quer servir a sociedade em que está inserida. Por isso, para que todos tenham voz neste simpósio”. Em análise está a crise financeira, económica, familiar, social, “com o objectivo de encontrar horizontes de esperança e de saída da crise”, explica o Pe. Morujão. “Queremos, realisticamente, tomar pulso da situação actual. Por vezes são publicados documentos que ficam no papel. Esta seria uma actividade de base onde se comprometia toda a sociedade, não apenas os católicos, com vista a encontrara soluções”. O Conselho Permanente da CEP reflectiu ainda a regulamentação em curso da assistência religiosa nas prisões. O secretário da CEP afirma que este “é ainda um terreno movediço, sem definição. Esta opinião já foi endereçada ao ministro da Presidência, que acolheu e quer pôr em movimento acções para que se passe dos princípios à prática”.“A Igreja não procura nenhum privilégio para si, este é um serviço que quer prestar à sociedade e aos excluídos da sociedade”, sublinha. “A assistência religiosas nas prisões tem uma missão importante e é esse serviço que a Igreja quer prestar. Para tal, é preciso que se concretizem os princípios da Concordata e se encontrem carris para que os princípios se possam concretizar o serviço que os reclusos necessitam”. O Conselho permanente da CEP serviu ainda para preparar o quinquagésimo aniversário do monumento do Cristo Rei. “Este monumento recorda o testemunho de agradecimento dos portugueses, encabeçados pelos bispos que fizeram o voto de o construir se Portugal fosse poupado aos horrores da Segunda Guerra Mundial”, recorda o secretário da CEP. Este aniversário vai ser assinalado por uma celebração no dia 17 de Maio “com a representação de todas as dioceses e será uma actualização dessa acção de graças da sociedade portuguesa estar livre da guerra e continuar a manifestar propósitos de paz”. Sobre a Celebração Nacional do ano Paulino, o secretário da CEP afirma que a presença do Bispo da Síria, que irá presidir à celebração, D. Antoine Audo, bispo da Síria, adquire um significado especial “uma vez que foi no caminho de Damasco, capital da Síria, que São Paulo viveu a sua conversão”. “Será seguramente um momento de festa da vida e da mensagem de Paulo, hoje, no meio de nós”.