quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O "trabalho de casa" de uma rapariga de 12 anos

Urgente: o vídeo pró-vida que está a abalar EUA e Canadá

Fonte: http://revculturalfamilia.blogspot.com/2009/02/urgente-o-video-pro-vida-que-esta.html

Ver o vídeo aqui:http://www.youtube.com/watch?v=wOR1wUqvJS4&feature=channel_page

Igreja reafirma oposição ao casamento homossexual

Nota Pastoral fala em «tentativa de desestruturar a sociedade portuguesa»

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reafirmou esta Sexta-feira a sua oposição à qualquer lei que “equipare as uniões homossexuais ao casamento das famílias constituídas na base do amor entre um homem e uma mulher”. Numa Nota Pastoral intitulada “Em favor do verdadeiro casamento”, a CEP volta a apresentar as posições centrais manifestadas após a última reunião do Conselho Permanente, em Fátima, e lamenta o que considera ser uma “tentativa de desestruturar a sociedade portuguesa”. O documento rejeita que “a união entre pessoas do mesmo sexo possa ser equiparada à família estavelmente constituída através do casamento entre um homem e uma mulher, e o mesmo se diga de uma lei que permita a adopção de crianças por homossexuais”. “Tal constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela de toda a sociedade, colocando em causa o seu equilíbrio”, afirmam os Bispos. A CEP afirma a dimensão central da “complementaridade dos sexos” e assegura que os diversos “modelos alternativos” de casamento e família “constituiria fonte de perturbação para adolescentes e jovens”. “A família, fundada no casamento entre um homem e uma mulher, tem o direito a ver reconhecida a sua identidade única, inconfundível e incomparável, sem misturas nem confusões com outras formas de convivência”, pode ler-se. A Nota reafirma que estas posições são aceites pelas diferentes culturas e civilizações, pela revelação judaico-cristã “e assim o reconhece implicitamente a nossa Constituição da República e explicitamente o Código Civil Português”. Para a CEP, a homossexualidade denota “a existência de problemas de identidade pessoal”, mas reafirma que “a Igreja rejeita todas as formas de discriminação ou marginalização das pessoas homossexuais e dispõe se a acolhê-las fraternalmente e a ajudá-las a superar as dificuldades que, em não poucos casos, acarretam grande sofrimento”. “Contudo, fiel à razão, à palavra de Deus e aos ensinamentos recebidos, a Igreja não pode deixar de considerar que a sexualidade humana vivida no casamento só encontra a sua verdade e plenitude na união amorosa de um homem e de uma mulher”, acrescenta a Nota. Em conclusão, os Bispos defendem “a necessidade de iniciativas que ajudem as famílias estavelmente constituídas a superar os problemas económicos que muitas atravessam, que as valorizem como lugar primordial de educação dos filhos e que favoreçam a sua importância na vida social”.
Nota Pastoral •
Em favor do verdadeiro casamento
Nacional/Octávio Carmo 20/02/2009 11:02 2567 Caracteres 113
Conferência Episcopal Portuguesa

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Aborto próximo das estimativas iniciais

04.02.2009, Catarina Gomes

Antes da entrada em vigor da legalização do aborto até às dez semanas, as autoridades de saúde estimavam que pudessem vir a realizar-se 20 mil abortos legais por ano. Os números de 2008 mostram um aumento face ao início da aplicação da lei, em Julho de 2007, aproximando-se das previsões iniciais: foram 17.380, refere o coordenador do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva, Jorge Branco.No primeiro semestre de 2007, cerca de seis mil recorreram ao sistema de saúde para fazer uma interrupção voluntária da gravidez (IVG) ao abrigo da lei. Na altura, com base neste número, previa-se que os números ficassem bastante abaixo dos 20 mil por ano, estimativa baseada na experiência de outros países europeus. As 17.380 IVG realizadas dentro das dez semanas reflectem, na opinião de Jorge Branco, uma entrada crescente de mulheres no sistema, depois de uma fase de adaptação. "O objectivo é que nenhum aborto se faça fora do sistema de saúde", diz Branco, acreditando que se deverá manter esta ordem de valores. O responsável admite que continuam a existir abortos clandestinos mas considera que são residuais, englobando IVG após as dez semanas de gestação - prática que permanece ilegal -, casos de "deficiente informação" e "receio de ir aos hospitais". O grosso das IVG aconteceu na região de Lisboa e Vale do Tejo (9395). Na Madeira, onde houve dificuldades iniciais de aplicação, foram 172, mais do que nos Açores (115). As IVG são escolhidas sobretudo por mulheres dos 20 aos 39 anos, que concentram 80,5 por cento dos casos (14.007), seguidas das que têm 40 ou mais anos (7,2 por cento com 1264 abortos). As IVG na adolescência continuam a ser residuais, foram 93 (0,5 por cento). Os abortos por opção da mulher representam 96,9 por cento das IVG. As outras situações previstas foram 541: a maioria foi por malformação fetal (396), seguida de perigo para a saúde da mulher (99), 25 casos de violação e 21 porque estava em causa a saúde psíquica da mulher.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Secretário da CEP comenta questão dos casamentos homossexuais

Qualquer governo ou partido político tem todo o direito e autonomia para propor iniciativas que julgue mais convenientes para solucionar os problemas da sociedade, do país, para promover a justiça e a igualdade.Parece‑me, contudo, desproporcionado que o partido do governo se fixe neste assunto dos casamentos homossexuais, quando há tantos problemas graves e gritantes na nossa sociedade actual, como seja a crise financeira e económica que está afectando gravemente as famílias e as empresas. Além do mais esta iniciativa, em vez de unir os portugueses para resolver os reais problemas do país, será seguramente um forte factor de divisão, fracturante como se diz. Dá, pois, a impressão de que se trata de uma distracção dos reais e mesmo clamorosos problemas que atingem algumas faixas sociais mais desfavorecidas. Penso que todos nós esperamos dos partidos em geral e mais ainda do partido do governo, iniciativas que ajudem a resolver o «Inverno demográfico» por que passa a nossa sociedade, com o envelhecimento progressivo da população, dada a baixíssima taxa de natalidade; todos nós esperamos que o governo proteja a estabilidade da família e ajude a que os casais possam ter os filhos que desejam e não se sintam forçados a uma drástica limitação da natalidade por falta de ajudas sociais. Há países em que ter mais que um filho, significa quase ter um novo ordenado…Digo isto sem nada que se pareça com discriminação em relação aos homossexuais. Todos, pelo facto de serem pessoas, merecem o nosso integral respeito e atenção, independentemente da orientação sexual, da raça, da ideologia ou do credo. A Igreja, seguindo os passos de Jesus, promove o respeito e acolhimento de todos, também dos homossexuais. Mas a justíssima causa de abolir as discriminações não pode justificar tudo. É que a nossa estrutural identidade é um valor a cultivar. A identidade não é uma questão de opção. Eu não sou homem ou mulher por escolha. Eu também sou o meu corpo e com ele devo aprofundar a minha identidade psicológica, afectiva, relacional. Parece‑me ser um grave erro antropológico equiparar uma união homossexual ao casamento e à família. A família é um património fundamental da humanidade que não pode ficar à mercê das disposições de qualquer campanha ocasional, em consonância com modas que pisam as fronteiras de algo que é não é substituível por qualquer outro tipo de relacionamento e união. Estou‑me a recordar do caso da Inglaterra que encontrou um quadro legal para uma união estável de duas pessoas do mesmo sexo, com certos direitos por exemplo a nível dos impostos e das heranças. Fez tudo isto, mas sem dar o nome e o estatuto de «casamento» e de «família». Espero que o bom senso acabe por prevalecer, no respeito de todos, mas sobretudo da célula fundamental da sociedade que é a família, que não se pode reinventar a nosso gosto.
P. Manuel Morujão, SJ – secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (27/01/2009)

Palestra sobre separação entre a Igreja e o Estado

Mário Soares considera casamentos entre homossexuais uma questão da esquerda radical
23.01.2009 - 09h01 Lusa

O antigo Presidente da República, Mário Soares, afirmou ontem à noite numa palestra sobre a separação entre a Igreja e o Estado que os casamentos entre homossexuais são uma questão de consciência, ao mesmo tempo que advertiu que não são esses os problemas fundamentais do país."Os casamentos entre homosexuais são (questões) de consciência complicadas, não são esses os problemas fundamentais... mas há certos radicais que querem ir adiante para mostrarem que são de esquerda", disse Mário Soares. "Eu estaria mais inclinado, se estivesse na minha mão, agiria com mais prudência para acabar com as desigualdades sociais, dar mais prestígio ao trabalho, aos trabalhadores e aos sindicatos", sustentou. Mário Soares respondia a uma questão colocada por um elemento da assistência após ter proferido uma palestra sobre a separação entre a Igreja e Estado desde a I República até à actualidade. O jantar/debate realizou-se na Foz do Arelho, Caldas da Rainha nas instalações do INATEL, presidido por Vítor Ramalho, e onde participaram mais de uma centena de pessoas entre os quais os secretários de Estado José Miguel Medeiros e Conde Rodrigues e vários deputados socialistas. O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmara no dia 18 que a consagração dos direitos de uma minoria social [a homossexual] representará a vitória de toda a sociedade portuguesa, porque se traduzirá em mais tolerância e dignidade individual. Ainda respondendo a questões da audiência e relativamente às declarações do cardeal Patriarca sobre casamentos de católicas com muçulmanos Soares disse apenas: "Casamentos são uma questão individual e as senhoras casam com querem. Estar a dar conselhos, comigo não!"