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Histórias infantis sobre a homossexualidade
A escritora Sónia Pessoa é a autora o livro infantil «Ser diferente é bom», o primeiro de uma colecção que aborda a diferença como «uma mais valia num mundo, onde a diversidade nos rodeia», afirmou a autora, em declarações à agência Lusa.
A homossexualidade e a diversidade cultural são temas focados neste primeiro livro a ser apresentado 6 de Dezembro, em Alfragide que, de acordo com Sónia Pessoa, «nasceu da vontade de realizar um sonho e do desejo de mudar o mundo através das crianças».
«Por isso, para mim escrever sobre a Maria que tem dois papás, o Pedro que tem um papá e uma mamã, ou um menino que veio da Roménia para um país que não conhece à procura de um futuro melhor, faz todo o sentido», afirmou.
Todos diferentes, todos iguais
«Ser diferente é bom» é a primeira de algumas histórias que Sónia Pessoa escreveu sobre ser diferente.
«O objectivo destas histórias, para além de encantar (porque não deixam de ser histórias também de encantar) é ensinar às nossas crianças e aos pais que cada vez mais vivemos num mundo onde a diversidade nos enriquece como seres humanos e devemos, por isso, respeitá-la».
Entende a autora que, «mais importante do que ensinar-lhes que somos todos iguais, é ensinar-lhes que somos todos diferentes e só temos a ganhar com isso. São as diferenças que nos distinguem uns dos outros, e que nos ensinam que o outro não é melhor ou pior que eu, só diferente, e isso é bom».
«Ensinar estes valores do amor, da verdade, da segurança ou da diferença, deve ser feito quando eles são crianças, pois é nessa altura que para eles ser branco, preto, amarelo ou vermelho não faz, na verdade, diferença nenhuma, desde que sejam amados como têm o direito de o ser», acrescentou.
O livro tem o prefácio da psicóloga Gabriela Moita.
Sónia Pessoa e a paixão pela escrita
Sónia Pessoa nasceu no Porto, em 1969. Em 1988 ingressou na Escola Superior de Jornalismo onde tirou o Curso Superior de Comunicação Social. Foi técnica-operadora de rádio na Rádio Placard no Porto, mas a paixão pelas letras levaram-na num rumo diferente e, em 1991, integrou a equipa da redacção do Jornal Público, da mesma cidade.
A paixão pela escrita esteve sempre presente na sua vida, mas só em 2005 cumpriu o desejo de escrever um livro