sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hospital oferece uma árvore por cada nascimento

O Hospital da Covilhã vai oferecer uma árvore a cada bebé que ali nasça, anunciou este domingo o presidente do conselho de administração, João Casteleiro.
Aquele responsável falava à Agência Lusa à margem da primeira cerimónia de entrega de árvores.
A iniciativa arrancou este domingo abrangendo os 650 bebés nascidos no último ano. Os pais já podem levantar a respectiva oliveira. Metade recebeu-as numa cerimónia no fecho da Semana do Bebé, lado a lado com uma missa celebrada pelo bispo da Guarda, na igreja da freguesia da Boidobra (Covilhã).
«A Semana do Bebé, com conferências e actividades para os pais, e a entrega das árvores são estímulos à natalidade», justificou João Casteleiro.
«Se os pais constatarem que têm o apoio das estruturas locais, não só do hospital, mas também da comunidade, será mais fácil terem filhos», sublinhou.
A entrega de uma árvore por cada novo bebé é também «uma forma de dar o exemplo em prol do ambiente e fazer com que as crianças estejam ligadas ao mundo que as rodeia, logo desde que nascem».
«Desde que seja bem tratada, uma árvore pode acompanhar uma vida», refere aquele responsável. «Escolhemos oliveiras porque é a árvore que resiste melhor, tem maior tempo médio de vida e tem sempre folhas».
Daqui para a frente, a entrega das árvores vai ser feita numa cerimónia mensal.
Os pais vão poder plantá-las onde quiserem. «Chegou a pensar-se num único local do município, mas as árvores eram muitas. Vamos incentivar as juntas de freguesia para, se possível, encontrarem um local comum em cada freguesia», concluiu João Casteleiro.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

APRESENTAÇÃO DO BLOG DA ALA NUN’ÁLVARES

APRESENTAÇÃO DO BLOG DA ALA NUN’ÁLVARES

…fomos solicitados por diversos participantes das conferências a criarmos um blog, onde de uma forma mais estruturada pudessemos apresentar um resumo das nossas incitativas.

Serve então o presente blog para, sobretudo, resumir as nossas actividades, passadas e futuras, seleccionar alguma biografia de interesse, e, pontualmente, comentar algum facto mais relevante do nosso presente político, económico e social.

Agradecemos desde já todas as sugestões, que poderão ser canalizadas para o seguinte mail: alanunalvares2007@gmail.com.

VER MAIS EM: http://ala-nunalvares.blogspot.com/


Cumprimentos e até breve.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Os casamenteiros 2008-09-22 / Jornal de Notícias

Os casamenteiros 2008-09-22 / Jornal de Notícias

O Parlamento vai votar a formação de pares homossexuais. É uma perda de tempo só oportuna para quem não queira discutir problemas reais do país. Há muito que pares homossexuais são banais no quotidiano nacional. Não sendo a sua existência controversa, tentar impor um "casamento" homossexual à ordem jurídica é ilógico.Encarado sem sofisma ou oportunismo ideológico, esse "casamento" é um acto tão cheio de contradições que se vai anulando à medida que o analisamos. Se como acto biológico não faz sentido, contratualmente é desnecessário e socialmente é perigoso. O perigo está na afronta às entidades originais do corpo social que desde sempre tem constituído a base das civilizações.A sociedade humana é formada por células familiares mono ou poligâmicas, patriarcais ou matriarcais, mas todas elas com um elemento comum. A presença essencial dos dois géneros da espécie.A humanidade sempre manifestou consciência de que a sua existência depende da estabilidade de núcleos com capacidade reprodutiva. Por isso, bem ou mal, por via religiosa, jurídica ou consuetudinária, se tenta desde sempre contratualizar as relações entre sexos opostos de modo a garantir-lhes uma existência duradoura que promova a estabilidade da própria sociedade. Os entendimentos de como essa segurança pode ser conseguida ainda hoje variam de região para região, do mesmo modo que têm mudado através da história.O que tem sido omnipresente é uma preocupação social com a manutenção da parceria sexual organizada com potencial reprodutivo, logo, envolvendo os dois géneros. A essas uniões essenciais, sempre se chamou casamento. É importante desiludir todos aqueles que queiram ler aqui um manifesto contra a homossexualidade. Não é. Tão-pouco preciso de tornar público se tenho ou não tenho no meu convívio íntimo pessoas de orientação sexual variada ou qual é a minha própria orientação sexual.Nesta discussão não está em causa a respeitabilidade de pessoas nem a liberdade de opções. É a base do edifício social que está a ser posta em causa na tentativa de adulterar o seu elemento mais importante com experimentalismos.Nada há na norma constitucional ou jurídica que obste à formação de um par homossexual (ou uma tríade, porque não). Se quiserem contratualizar garantias patrimoniais podem fazê-lo nas actuais molduras legais. É possível adoptar sem casar. Mas se o casamento é muito mais do que um mero objectivo procriativo, ao excluir "ab initium" a procriação da unidade conjugal como, por força da natureza, aconteceria nas uniões homossexuais, está-se a torná-lo em qualquer coisa que o faz deixar de ser.Se há ambiguidade nesta área, desfaça-se. Reafirme-se o que sempre foi entendido como casamento, que é a união formal entre uma mulher e um homem. Experimentalismos façam-nos criando uma entidade nova para diferentes uniões que até poderão vir a estruturar sociedades futuras, mas que nada têm a ver com o casamento. No presente, destruir a natureza cultural, tradicional, biológica e social do único instituto que garante a continuidade de tudo numa sociedade, amputando-lhe a especificidade e alargando-o a conceitos que a sua génese natural nunca contemplou, nem é progressista nem liberal, é absurdo.

Quem pode alterar a instituição do casamento?

Quem pode alterar a instituição do casamento?Pedro Vaz PattoIn Público - 08.10.2008A instituição do casamento como união entre homem e mulher aberta à renovação das gerações tem atravessado os milénios e as culturas mais diversificadas. Não é exagerado qualificá-la como a mais antiga e basilar das instituições sociais. Redefinir essa instituição reveste-se de um alcance enorme, que toca os fundamentos da própria civilização. Votar uma lei com esse alcance não é, obviamente, o mesmo que votar um orçamento geral do Estado. Pode entender-se que qualquer legislador que pretenda descaracterizar o casamento está acometido de um afã de "engenharia social" de laivos totalitários. Ou que essa pretensão, porque contrária à lei natural, ultrapassa a legitimidade de qualquer legislador positivo. De qualquer modo, mesmo que assim não se entenda, a legitimidade democrática para introduzir uma redefinição jurídica descaracterizadora de uma instituição como o casamento há-de ser particularmente reforçada, clara e inequívoca.Essa redefinição não pode depender do resultado aleatório e imprevisível da contagem de opções de consciência individual de deputados, por muito respeitáveis que estas sejam. Acima dessas opções, está o querer maioritário do povo. Em matéria tão relevante como esta, não podem deputados decidir sem um mandato popular claro e é legítima a disciplina de voto para evitar uma decisão não democraticamente legitimada. Penso até que não bastará a inclusão da questão num programa eleitoral que venha a ser sufragado (o que não se verificou com os principais partidos nas últimas eleições) para assegurar tal legitimidade. Parece claro que a questão divide o eleitorado dos principais partidos, à semelhança do que sucede com o aborto, pelo que não será unívoca a interpretação do voto nesses partidos. Esse voto pode ser individualmente determinado por essa questão, ou não, sem que, por isso, dele se possam tirar conclusões seguras sobre o sentido da vontade popular.O mais democraticamente legítimo será submeter a questão a referendo, como já sucedeu em vários estados norte-americanos. Por sinal, em todos esses referendos a redefinição do casamento foi rejeitada por maioria esmagadora. Talvez se receie que entre nós se chegue a resultados semelhantes... Mas não podem ser minorias vanguardistas, por muito eco que tenham na comunicação social, nem modas passageiras, a sobrepor-se à vontade do povo. É assim que funciona a democracia. Juiz